Estrela do Chaos. O símbolo dos poderes da ruína.
Há duas visões principais que norteiam as discussões sobre as origens dos poderes do Chaos. A segunda é a mais difundida e acreditada. A primeira surgiu há alguns anos e tem ganhado seguidores principalmente entre estudiosos e cientistas.
VISÃO I: O Chaos só existe na mente
Há, alguns estudiosos e cientistas no Velho Mundo que acreditam que não existem o chaos, mutações, warpstone e luta do bem contra o mal. Segundo eles, o chaos é uma manifestação dos desejos inconscientes dos homens e uma invenção da igreja para manter fiéis, e causa um impacto psicológico tão grande na população que eventualmente cria manifestações coletivas de ilusão. O chaos é o nome dado para tudo de ruim que ocorre no mundo e que as pessoas não conseguem explicar. As mutações não são causadas por forças do mal e sim por propriedades desconhecidas da própria biologia dos seres, cujo impacto psicológico causado pela crença no Chaos, mostra-se capaz de alterar a própria fisiologia do indivíduo. Warpstone não é uma pedra com energia mágica do chaos solidificada, e sim uma pedra com propriedades desconhecidas capaz de causar mutações. Há alguma propriedade nela, física, que permite que ela altere a matéria viva. Assim como uma pedra magnética atrai metal, uma warpstone manipula matéria viva. E a magia, são forças que o homem ainda não consegue explicar. Essa é uma crença comum entre uns poucos intelectuais do Velho Mundo.
VISÃO II: O Chaos se manifesta pela Mente
Os poderes do Chaos são conceitos imortais com habilidades e recursos inimigináveis. Há muitos poderes menores, porém somente quatro Grandes Poderes: Khorne, Slaanesh, Nurgle e Tzeentch. Para entender a natureza desses seres, é interessante entender um pouco quem são eles e como eles alimentam seu poder.
O mundo material não é o único plano da existência. Há um mundo imaterial que coexiste com o nosso e forma uma dimensão paralela, uma realidade alternativa. Essa dimensão, é chamada de Reino do Chaos.
No Reino do Chaos não há planetas nem estrelas, nem terras, céu ou qualquer outra coisa que possamos reconhecer. Ao invés disso, ele consiste de um "sopa" infinita, ou mar infinito, que não é formado por matéria física, mas energia bruta. Essa energia é importante, pois ela é a matéria prima dos poderes do Chaos e daquilo que chamamos de magia.
A relação entre o Reino do Chaos e o mundo material é muito importante, pois nenhum pode existir sem o outro. Cada criatura de carne e sangue tem existência simultânea em ambas dimensões. Os aspectos físicos vivem no universo material, mas a existência de cada eu-material, automaticamente cria um eu-sombra no Chaos. É dessa sombra, formada de energia pura, que os humanos tiram suas capacidades mentais, como a inteligência, a sabedoria e a determinação. Os magos tiram sua energia mágica diretamente dessa sombra. Algumas pessoas chama esse eu-sombra de alma.
Essas sombras entram no nosso mundo através de brechas criadas pela distorção do espaço e tempo materiais, e são chamadas aqui de Ventos da Magia. Essas brechas naturais permitem a entrada de Ventos fortes o bastante para permitir que os mortais utilizem a magia, e fraca o suficiente para impedir que vastas quantidades de Ventos adentrem o planeta, podendo causar uma incursão do Chaos (que ocorreu pela primeira vez quando o portal dos Antigos entrou em colapso, no início dos tempos. Veja História do mundo Parte 4).
Os seres que chamamos de deuses habitam esse reino de energia pura e sem forma que existe fora do espaço e do tempo. Não é literalmente um reino, nem literalmente um lugar, mas como nenhum mortal pode realmente entender algo assim, é conveniente pensar nisso como algo que coexiste no espaço e tempo ou dimensão alternativa. Ali, seus habitantes não são criaturas, pois não tem corpos nem mentes como as coisas que conhecemos. Ao contrário, são elementos de puro pensamento e emoção - conceitos impulsados e ordenados sem forma ou razão. Essas entidades, se é que nós podemos chamar tais elementos assim, são reflexos da mente subconsciente dos mortais - um espelho do gigantesco redemoinho que é a soma da esperança, desespero, ódio e prazer dos mortais.
Dessa forma, os deuses se tornam reais porque são criados no subconsciente das mentes humanas. A ideia de deuses, dá a eles a noção de início e fim, de bem e de mal. Da mente dos homens, nascem espíritos das mais diversas espécies - alguns são escravos de poderes maiores, outros tem status incerto, se alimentando e sendo consumidos por outros ainda maiores e mais poderosos. Todos esses espíritos não são mais que as criações do vício e da virtude dos mortais, da força e da fragilidade dos mortais, do maior ao menor, do mais nobre até o mais desprezível.
Desses deuses, os maiores de todos são quatro, chamados de Deuses Negros, ou Poderes da Ruína. As inconscientes criações dos mais poderosos estados mentais da raça humana, eles são (de forma superficial): fúria, esperança, desespero e prazer. Eles são Khorne o Deus do Sangue, que ruge seu ódio através do multiverso, Tzeentch o Transformador dos Caminhos e o Mestre da Teia do Tempo, Nurgal o Senhor da Decadência cuja carcaça apodrecida vaza corrupção e Slaanesh o Príncipe das Trevas, nem macho nem fêmea, cuja beleza é tamanha que uma breve aparição é mortal para os mortais. Esses são os maiores de todos os deuses, para os quais todos os outros deuses não são mais que porções ou manifestações deles.
Cada um desses deuses das trevas é um pilar de poder no reino de energia que habitam. Assim como os pensamentos subconscientes dos homens são complexos e entrelaçados, da mesma forma, os Deuses das Trevas são complexos, contraditórios, entidades cujas motivações nem sempre são lógicas ou coerentes. Da mesma forma que os maiores medos dos homens são acompanhados de terrores e irritações menores, os Deuses das Trevas são amálgamas de muitas ideias e conceitos diferentes, cada uma da qual tem sua própria existência subordinada dentro do todo. Essa é a natureza dos demônios dos Deuses das Trevas - sendo uma porção de seus mestres e ao mesmo tempo, entidades separadas.
A aparência de deuses e demônios no mundo material não é necessariamente a aparência que os demônios tem em sua própria existência - pois lá, eles não exatamente nada. Mas nos pensamentos dos homens, eles adquirem formas e atributos, e essas coisas os prende a formas e molda suas mentes quando eles se manifestam no mundo de espaço e tempo.
Mesmo essas formas físicas não são necessariamente consistentes - pois a expectativa de nenhum mortal é exatamente a mesma - mas as tradições e crenças da humanidade são poderosas. Apesar dos deuses das trevas terem muitos nomes, imagens e habilidades entre diferentes povos, todos mortais reconhecem os temas, aparências e características comuns que marcam os deuses e demônios.
É exatamente isso que os demônios são - porções do poder manifesto de um deus, imbuído com forma física e inteligência moldada pela expectativa e tradição dos mortais. Eles são criaturas maléficas, cujos corpos e mentes são criados de energia mágica, e que eventualmente se dissolverá novamente de volta a energia mágica. Por isso, os demônios podem existir somente em ambientes saturados de magia, como aqueles encontrados no norte distante do mundo de Warhammer e dentro de construtos mágicos como pentagramas e veículos de contenção. Essa magia do Chaos percorre o mundo como ventos e normalmente não são fortes o suficiente para manter a forma e permanência de um demônio e somente quando esse ventos de energia bruta do chaos vazam para o mundo físico com a força de uma tempestade é que os demônios podem sair em legiões para causar destruição dentro do reino dos mortais.
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