terça-feira, 15 de maio de 2012

Sessão 49 - PODER POR TRÁS DO TRONO - Sujeira no Reik parte 2


O grupo se aproxima do parapeito do penhasco onde se encontram vários anões. Eles dizem que parece ser um incêndio. O elevador desce rapidamente e enquanto o cais se aproxima, eles percebem que é o barco que está em chamas. Pessoas se amontoam em torno dele, usando baldes e bombas de estribo para tentar apagar as chamas.
Leva cerca de 10 minutos para apagá-las. Todos ficam muito sujos e cansados, com exceção de Delita que fica observando e procurando algum suspeito.
O barco não afundou mas o dano parece ser considerável: a cabine e toda a carga foi queimada. As velas estão em cinzas e o mastro tão danificado que precisará ser trocado. As chamas consumiram tudo e a maior parte dos itens pessoais do grupo se transformaram em cinzas ou metal derretido. Alguma coisa é salva, mas há perdas consideráveis, como uma das pistolas de Johan e o cajado de Dagmar Wittgenstein. Ironicamente, uma das poucas coisas que permaneceram intocadas foi a cópia do contrato que assinaram com Max, um dia antes.
Melk tem uma ideia extraordinariamente brilhante: pegar o contrato e queimá-lo imediatamente. O raciocínio é fantástico: se uma propriedade sua pega fogo, que ação mais óbvia e inteligente do que queimar sua via do contrato, deixando você sem qualquer informação sobre seus direitos? No entanto, ele resolve abandonar a criativa ideia a pedido de Konrad, ao perceberem que sem a via do contrato, o dono da outra via poderia falar o que bem entendesse (dã, é mesmo?).

Os estivadores e carregadores ficam confusos em determinar o que aconteceu. Alguns dizem que alguém jogou uma lamparina, mas não viram quem era. Falaram somente de um vulto encapuzado. Klaus está lá, com o rosto sujo de fumaça, e investiga fazendo as mesmas perguntas e não conseguindo respostas melhores.
Cerca de uma hora e meia depois que o fogo foi apagado, Mathias Blucher chega nas docas, com uma capa de viajante sobre suas roupas finas, acompanhado por um par de servos mal-encarados. Ele inspeciona os danos com horror, perguntando a Klaus sobre o ocorrido. Quanto foi destruído? Alguém morreu? Algum sinal de sabotagem? Quem foi o responsável? E ordena que Klaus descubra o culpado imediatamente.
Após alguns minutos, ele se vira para o grupo e começa a se desculpar. 


É uma tragédia. Sim, nada menos que isso. Não, vocês vão se hospedar no pescoço do Cisne e dizer ao estalajadeiro para mandar a conta para mim. E vocês, compareçam no meu escritório no início da manhã. Eu irei resolver tudo. Agora, tenho outras coisas para tratar, se me derem licença... 


O grupo acusa Rudolf Maier, um coitado que culpa sua falência pelos Bluchers. Mathias sorri e diz que vai mandar investigar. E então volta para casa. Delita o segue cautelosamente. Mas ele sobe os elevadores e pega uma carruagem em direção à sua casa, fora da cidade. 
Os marinheiros e estivadores do porto se sensibilizam pelo incêndio criminoso e várias histórias circulam, como o fato do grupo ter arrumado confusão com alguém: "Tem um anão que é um encrenqueiro com eles."


Sem mais nada a fazer, o grupo se dirige ao Pescoço do Cisne, que ainda está aberto. Os patronos do bar são solidários à perda do barco e as pessoas não falam de outra coisa. Um quarto é arrumado para eles e todos tomam banho e usam a roupa com que estão, a única que restou. A comida é servida e além de perguntas sobre o barco, as pessoas se mostram interessadas em informações sobre a festa dos Bluchers – quem estava lá, quem conversava com quem, que tipo de pimenta havia nos canapés. 
Ninguém sabe nada sobre o fogo, e essa foi a primeira vez que uma propriedade dos Bluchers foi atingida sido atingida.
O grupo convida Otto Gerber, o mercador falido que vende informações, para se sentar a mesa e comer. Dessa vez, eles se lembram de pegarem informações sobre os Blucher, algo que era um tanto óbvio a ser feito. Otto pede uma cabine privada. Ali ele responde a várias perguntas sobre os Bluchers. Ele deixa claro que foi totalmente incomum eles terem sido convidados para o aniversário de casamento. Eles não são grandes comerciantes e conhecem Mathias há menos de dois dias. Otto descarta que Rudolf Meier possa ter tido coragem de queimar uma carga dos Bluchers, ele fala demais, mas não é burro, além de ser covard. O grupo sente que eles foram convidados para serem tirados de perto do barco.
Outro assunto em voga é o carnaval de Middenheim. Vários mercadores dizem que não é algo para se perder. Inclusive, Alex Eisen parte daí a dois dias para Altdorf levar uma carga e de lá segue para o carnaval.


Pela manhã, Mathias Blucher aguarda em seu escritório para encontrar o grupo. Ele se desculpa novamente pelo fogo e não sabe dar explicações: as investigações não levaram a nada. Obviamente, a carga foi destruída, então a viagem para Marienburg está acabada, e ele se sente mal em deixar o grupo sem trabalho.
Dessa forma, ele diz que há uma outra missão que ele quer que o grupo realize. Ele estava esperando dá-la a algum agente confiável da família, mas dadas as circunstâncias... É uma viagem de escolta até Middenheim, protegendo uma pequena carga. Ele pagará ao grupo metade do valor combinado para Marienburg - 300 xelins, metade agora e metade na volta. Quanto ao barco, ele se desculpa e diz que não era sua responsabilidade.
Konrad, que havia estudado o contrato, o lembra que ele assegurava o barco enquanto ele estivesse sob os cuidados da família Blucher. Mathias diz que é uma pena o contrato ter sido perdido no incêndio, mas Konrad apresenta-o (um suor frio escorre da testa de Melk, que quase queimou sua via do contrato). Ele conversa com Max que confirma e então o lê cuidadosamente. “Sim,” ele diz após um minuto. “Sim. Me esqueci desse detalhe. Muito bem. Providenciarei para que o barco de vocês seja reparado. O trabalho deve levar pelo menos um ou dois meses. Então vocês poderão passar algum tempo em Middenheim, se divertir no carnaval e quando retornarem, ele já deverá estar pronto”.
A missão é simples. Eles devem transportar um único caixote e uma carta até uma casa na cidade de Middenheim. O caixote está em um canto do escritório, ambos estão cobertos com selos de cêra o que torna difícil de abrir sem deixar rastros. O caixote é cúbico, cheio de palha e pesa cerca de 50 kg. O trabalho, como o de Marienburg, é urgente: o caixote deve ser entregue antes do carnaval começar e o grupo deve começar sua partida imediatamente. Blucher deixa claro que o conteúdo da caixa é confidencial, mas são frágeis e devem ser transportados com grande cuidado.


O grupo, sem muitos recursos, mesmo desconfiando de Mathias, resolvem entrar no jogo dele, mas agora um passo a frente: Blucher não sabe que eles desconfiam dele.


Eles descem ao cais e procuram o barco de Alex Eisen, que cobra 20 xelins por pessoa para a viagem até Altdorf e mais 20 xelins pelo transporte ecuidados do caixote. Ele diz que partirá na madrugada da manhã seguinte.
Enquanto conversam, Berserk presta atenção na conversa de dois estivadores. Ele se aproxima, mas não é bem recebido. Ele então paga uma moeda de prata para eles. Parece, que um colega deles achou uma moeda de ouro na rua e está pagando bebida para todo mundo na Gato e Violino. Ele arrumou boas roupas e está esbanjando.


O grupo suspeita e segue para lá. Chegando lá, encontram uma mesa cheia de thugs e estivadores, mesa farta com muita bebida. O centro das atenções é o mesmo homem que os observava na Pescoço do Cisne na noite em que chegaram. Melk fala alto para ser visto, para perceber a reação do homem (pra que mesmo isso????). Enquanto Konrad e Delita ficam no balcão conversando com o taverneiro. Eles descobrem que o nome do esbanjador é Thierry Ostend. O grupo se retira, Delita fica próximo observando a porta.
Eles precisam criar um plano para interrogar esse homem. Eles suspeitam que ele possa ter algo a ver com o incêncio. O objetivo é simples: retirá-lo dali para algum local onde eles possam interrogá-lo sem serem vistos e sem possibilidade de serem reconhecidos por ele. Se Mathias souber que o grupo sabe de algo, o grupo pode correr sérios perigos.


Após horas de discussão e planos ruins, eles chegam em um consenso.


Berserk procura uma taverna não muito frequentada. Encontra uma chamada Recanto do Pescador, simples. Ele diz querer alugar um quarto, para a velha senhoria, mas gostaria de vê-lo e que ele estivesse num local sem outros hóspedes próximo, pois queria silêncio. Ela arruma para ele um quarto, onde perto tem outros quartos vagos. Ele decora a localização e sai dali.
Ele segue então para um bordel conhecido na cidade. O nome do Bordel é Flor de Fogo. Berserk coloca a máscara de Hegel que cria uma aura de atração em torno de si. Ele sente a corrupção do Chaos percorrer seu corpo. Ele entra e encontra uma bela meretriz de nome Samantha. Ele conversa com o dono do bordel e paga 6 xelins para ela fazer um trabalho externo e voltar a noite.
Ele conversa com a meretriz. Diz que tem um amigo que foi promovido e querem dar ela de prêmio a ele. Ela tem de ir numa taverna com eles, seduzi-lo e levá-lo até um quarto alugado em outra taverna. Eles dizem o nome da taverna e explicam o quarto que ela deve alugar. Ali ela deve usar todos seus dotes para dar a ele uma tarde inesquecível, derrubando-o de cansaço e bebida.
Eles a levam até a Gato e Violino e apontam o alvo. Então saem e seguem para a Recanto do Pescador e entram no quarto. Após um tempo ouvem vozes e risos e a porta do quarto ao lado abre e se fecha. Eles ouvem a putaria rolando. Samanta chega a sair para pegar mais bebida e voltar. Konrad pensa se deve abordá-la para dormir, mas prefere esperar. Após algum tempo, há um silêncio no quarto. O grupo discute e resolve esperar mais. Achando que os dois dormem, eles vão para o quarto ao lado. Por sorte, a porta está aberta. Os dois dormem cansados e embriagados. O plano inicial era esperar Samanta ir embora para ter tranquilidade no interrogatório, mas eles decidem mudar o plano no último instante. Samanta dorme com a cabeça no peito de Thierry. Eles a movem, ela se mexe mas não acordam. Então, tentam retirar Thierry da cama sem acordá-lo (!!!!). Ele acorda (obviamente) e se debate. Samanta acorda também (obviamente), Konrad a faz dormir. Atordoado pelo despertar repentino, Thierry tenta se libertar de seus captores mas recebe um golpe na cabeça de Berserk, com o cabo da espada. Todos caem no chão enquanto tentam segurar Thierry ao mesmo tempo que o impedem de gritar. Berserk dá outro golpe, fazendo -o sangrar muito e percebe que se continuar assim poderá matá-lo. A magia de Konrad falha várias vezes. Ele recebe choques de magia que causam dano a ele além de tornar sua mente mais insana. Eles imobilizam o homem no chão, e dizem que ele deve ir com eles ou será morto. Eles se levantam mas Thierry tenta fugir novamente. Dessa vez a magia de Konrad funciona e ele dorme. Nesse instante, a senhoria chega e bate no quarto, perguntando se algo está acontencendo pois ela ouviu barulho. Konrad fala lá de dentro que está tudo bem, que eles exageraram no barulho. A senhoria sai, tenta ouvir um pouco mais e então desce as escadas. Eles colocam Samanta na cama de novo e levam Thierry para o quarto ao lado. Só então percebem que não trouxeram cordas nem algemas (putz). Eles precisam improvisar e utilizam retalhos de roupa e lençóis para amarrar Thierry a uma cadeira. Eles vendam seus olhos e tapam sua boca.
Eles ameaçam tirar a vida dele caso ele grite. Dizem que o tem observado há muito tempo e querem saber de onde ele tirou tanto dinheiro tão rápido. Thierry é resistente e diz não saber de nada. Quer saber quem são eles. Konrad joga verde dizendo que sabem que ele jogou fogo no barco, mas quer saber porque. Ele continua resistindo. Berserk o ameaça de morte, chegando a cortar o pescoço dele. Eles amarram ele novamente e simulam um diálogo deixando claro que irão matá-lo e que não acreditam nele. Após algum tempo de tortura psicológica, ele desaba e abre o jogo, dizendo que foi contratado por Max Wagner da casa Blucher para queimar o barco. Ele não sabe de nada mais. Konrad o faz dormir novamente e então saem da hospedaria como se nada tivesse acontecido.


COMENTÁRIOS DO GM
A sessão não foi ruim não. Tirando as ideia malucas do Berserk by Paulo. Um erro horroroso foi terem ido sem preparo nenhum para a hospedaria, sem cordas, sem capuzes, sem nada. Berserk pode ser facilmente reconhecido, visto que usava roupas de boa qualidade imundas.
A situação era super tranquila de resolver. Era atrair Thierry, com ajuda de uma mulher sedutora, para embriagá-lo até ele dormir. A meretriz não iria fazer perguntas, era só pagar bem a ela. Ela faria o serviço e iria embora. Aí eles não teriam tantas complicações para cuidar dele. Outra maneira era adquirir algum produto que causasse sono profundo. Esqueceram que Kempebard é um centro de comércio e tudo o que pode ser encontrado em grandes cidades também pode ser encontrado ali?

O esquecimento de cordas e capuzes foi uma falha e tanto. Teria sido muito mais fácil.


Um comentário:

  1. o animal quem quis por fogo no contrato e falou auto no bar foi o bezerker sua mula!!ahuahauahau...

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