domingo, 15 de abril de 2012

Sessão 48 - PODER POR TRÁS DO TRONO - Sujeira no Reik parte 1

SUJEIRA SOBRE O REIK


Às vezes pensamos nas decisões que tomamos. Nos arrempedemos. Olhamos para trás e vemos tudo o que abandonamos. Dinheiro, mulheres, conhecimento, vingança. As estradas e rios do Império atrai aventureiros como moscas numa teia. Quando percebemos o perigo, já é tarde demais. Vendemos nossa alma, abandonamos nossas crenças, traímos, tudo para ouvir o barulho de prata batendo contra prata. E mesmo que mantenhamos a fé nos deuses, resistimos contra toda a cobiça e sedução dos poderes da ruína, ainda assim, os deuses negros encontram uma maneira de zombar de nós. Essa é a vida de aventureiro no Império. Essa é a vida de aventureiros em Reikland.
Ninguém conversou. A apatia pairava sobre a proa do barco durante toda a viagem. De cabeça baixa, todos executavam as tarefas rotineiras do navio, evitando descer ao convés e ter de olhar para aquela corpo envolto num lençol branco, já começando a exalar os odores da putrefação. Sujos, cansados, sem ânimo. Berthold foi morto do lado deles e ninguém pode fazer nada para salvá-lo. A traição é um veneno difícil de engolir. O pensamento de que pode haver mais traidores assombra as mentes cansadas dos aventureiros. A viagem de Wittgendorf até Kempebard durou 3 dias. Por ironia do destino, ou mais uma piada dos deuses negros, não houve sol um dia sequer. Tampouco chuva. O templo nublado, uma fina garoa caindo ininterruptamente fazendo a roupa se colar ao corpo e os cabelos embaraçarem. Um vento frio não parou de soprar, mesmo quando a visão dos penhascos que dividem o Rio Reik com o Rio Stir apontam no horizonte. A moral do grupo está morta. E eles ainda tem um morto para enterrar.


COMEÇA A SAGA PODER POR TRÁS DO TRONO
CAPÍTULO 1: SUJEIRA NO REIK
Essa é uma saga diferente de a Morte no Reik. Similar a Sombras sobre Bogenhafen demanda mais investigação, criatividade, inteligência, invasões, extorsões, subornos, ameaças e intrigas. Morte fácil. Informação


O grupo começa chegando em Kempebard, há uma tristeza melancólica no ar. A viagem inteira não teve sol. Somente o templo nublado e uma garoa constante que grudava a roupa na pele. O grupo praticamente não trocou uma palavra na viagem. Só pensaram na morte triste de Berthold. 




Quando aportam e começam a articular e pagar as taxas usuais, podem perceber que dois homens os observam em frente  a um depósito. Bem vestidos, um deles, baixo e jovem, fala bastante com o outro, alto e velho. Observam o grupo e após alguns minutos, o maior sobe as escadas para o escritório do depósito. O menor deles caminha na direção do grupo e começa a conversar:


Matthias Blucher


“De onde vieram? Notícias do baixo Reik? E o Castelo Wittgenstein? Passaram por ele? Caiu mesmo? Não se fala em outra coisa aqui. Que carga trazem? Onde conseguiram? Pretendem vendê-la? Tem os comprovantes de venda e procedência? A carga pode ser confiscada se tentar ser vendida de forma ilegal. Não é todo comerciante que compra uma carga sem procedência. Tem outro destino? Conhecem algum mercador chamado Conrad Sildiger por acaso? 


Seu nome é Mathias Blucher, um mercador local. Berserk já ouviu falar deles, os Bluchers são a maior família mercante de Reikland.
Mathias é amigável e informal, e se mostra interessado na carga e pede para subirem ao escritório e falar com Max Wagner “Diga que eu falei que vocês são o tipo de pessoa que eles estavam procurando. Ele pagará bem a vocês.”


Max Wagner


ESCRITÓRIO DOS BLUCHERS


O escritório é amplo e arejado. Max era o homem mais velho e alto que também os observava. Ele está na mesa com dois funcionários sentado, lidando com uma pilha de papéis. Ele parece ter quase 50 anos. Ele é formal e profissional. Ele faz perguntas de rotina ao grupo e se mostra interessado em comprar a carga, sem se preocupar com a procedência. Sob uma condição. Ele não diz qual é.
Berserk diz que vai pensar e volta. Max é duro com ele dizendo se são comerciantes ou não. Berserk aceita. Um avalista vai até o barco e avalia a carga, sentindo um fedor, que o grupo diz se tratar de ratos mortos.
Max oferece 10% a mais que o valor de mercado. Ele diz que comprará a carga sem se preocupar com origem se o grupo aceitar um contrato para conduzir uma carga até Marienburg.


“Todos nossos barcos estão em viagem e nenhum mercador independente estará disponível para amanhã. Vocês tem interesse?” - “Eu pago 600 coroas”.


O grupo aceita, embora alguns desconfiem de algo errado. Ele pede para o dono do barco e o capitão ficarem e assinarem as papeladas de compra e transferência e o contrato de serviço. Ele não tem pressa em descarregar, já passa das duas horas da tarde e a maior parte dos estivadores já tem trabalho para o resto do dia. E a carga que eles vão transportar só chegará no dia seguinte. É uma porcelana fina e cara, e por ser frágil, pode levar várias horas para carregar o barco.
Max fecha com eles o valor de 600 GC. Ele só irá pagar quando chegarem e descarregarem a carga nas docas da família em Marienburg, pois são os termos padrões. Mas o grupo pede um adiantamento e ele aceita pagar 200 coroas de início. Ele pega duas assinaturas do grupo. De Berserk e Johan.
Após a burocracia, ele agradece e diz que os verá na madrugada seguinte. Recomenda uma hospedaria para ficarem, a Pescoço de Cisne, que fica perto das docas. Diz que podem usar o crédito da Casa Blucher para jantar lá.
Observando, Berserk e Johan acreditam que o contrato parece correto. Nele consta basicamente que a família Blucher contratou os serviços deles para levar uma carga para Altdorf. No instante em que o contrato foi assinado até que os produtos sejam recebidos e conferidos, qualquer dano feito à carga deve ser pago pelo grupo, a menos que o dano tenha sido causado pela parte da família Blucher, ou empregados dos donos do navio, e deve ser pago em até 3 meses.


Enquanto negociam com os Bluchers, outra parte do grupo tenta organizar um enterro decente para Berthold. Eles tem algumas dificuldades, patinam em conseguir uma explicação aceitável para o ocorrido, mas no fim, depois de bater muita cabeça, decidem oficializar que ele foi morto por uma passageira chamada Renate que pegou carona com o grupo e o matou quando aportaram em Wittgendorf.


Enquanto andam pela cidade, o grupo consegue as seguintes informações:


“Os Bluchers são uma família mercante imensa, com agentes e armazéns em praticamente todos os portos das maiores cidades da parte setentrional do Império e ávidos por expandir sua influência.Não são corruptos, mas o cheiro do dinheiro sobrepêm aos menores escrúpulos. E seus concorrentes agem com cautela e evitam conflitos.”


“Os Bluchers criaram uma aliança com uma família que controla o comércio no sudeste do Império, a família Oldenhaller. E arranjaram um casamento entre Mathias e Karoline Oldenhaller.”


“Oldenhaller foi mortos sob circunstâncias misteriosas meses atrás. E seu filho Albrecht tomou conta dos negócios da família. Foi encontrado decapitado. Um grupo suspeito foi preso mas liberado por falta de provas.”






PESCOÇO DE CISNE


Após as negociações, restará cerca de uma hora para o pôr do sol. O grupo então resolve comprar equipamentos, provisões e explorar a cidade. Após isso, decidem ir até a taverna Pescoço do Cisne.
A taverna Pescoço do Cisne fica duas quadras atrás da guilda dos controladores do elevador. É uma taverna nova, bem pintada, grande e bem acabada. O interior cheira a comida de qualidade, vinho forte e boa música. Há cabines que podem ser tampadas com portas ou com cortinas para privacidade sem custo adicional. A cerveja e comida servida ali custa mais caro que em qualquer outro lugar que já foram, com exceção do Truta Dourada em Bogenhafen. Há também duas mesas comuns e grandes no salão, com bancos. Percebe-se claramente que é um ponto de parada de comerciantes e a julgar pelo número de pessoas, uma parada bem popular. 
É um achado, uma taverna ideal para conseguir novidades, fofocas e informações de todo o Império, particularmente entre os navegadores. Esse tipo de taverna é pouco conhecida pelo tipo de pessoas que o grupo costuma lidar, inclusive entre aventureiros. 
No entanto, parece que conseguir outras informações não foi tão fácil. A conversa que estava na pauta era: o que aconteceu com o Castelo Wittgenstein. E ninguém falava de outra coisa na cidade.


Na taverna o grupo conhece algumas pessoas. Que se aproximam ou são aproximadas pelos personagens do grupo.




Alex Eisen: Rústico e entusiasta. Vendeu uma carga a bom preço e paga bebidas para todos que ouvem seus entediantes contos de negócios. Ele diz que no dia seguinte, pretende seguir para Altdorf, tirar uns dias de descanso e de lá pegar uma carruagem até Middenheim para pegar o carnaval. “Vocês não sabem sobre o carnaval? Camaradas, vocês não sabem o que é vida ainda. O carnaval faz da Schaffenfest de Bogenhafen parecer uma feira de fim de semana. Uma semana inteira de entretenimento, bebidas e putas na mais linda cidade do Império. Não gosto muito dos nortistas, sabe, eles são muito sisudos, sem senso de humor. Mas suas mulheres, elas não perdem tempo quando você paga uma ou duas bebidas para ela, hein, hein?”


Outros na taverna também sabem sobre o Carnaval de Middenheim e estão planejando ir pra lá. Eles o descrevem como um cruzamento entre um carnaval geral de cidade e uma imensa feira de produtos, e é a única data do ano em que os sisudos e obscuros moradores de Middenhein conseguem relaxar. O grupo percebe que se perdem o carnaval, perdem muita diversão.




Otto Gerber: mercador sem dinheiro do norte. Ele se aproxima do grupo pedindo para beber a rodada paga por Alex Eisen. Ele conta que viajava rio acima quando seu barco e carga foi roubada por piratas e agora está tentando conseguir trabalho como “consultor de comércio” para iniciantes, colocando a par de tudo e todos sobre a profissão. Ele sabe tudo sobre os negócios, as famílias, as situações e intrigas. O grupo tenta oferecer a ele uma consultoria em tempo integral, mas como fica muito caro (obviamente), eles desistem. Praticamente a única pergunta que o grupo faz pra ele é: como transportar com segurança uma carga de porcelana fina. E perdem uma excelente oportunidade de adquirir informações sobre muitas outras coisas que rodam a atual situação deles.
Sobre Marienburg, ele diz que a cidade portuária é um ótimo local para encontrar armas feitas por anões. E é um dos únicos locais onde se pode encontrar casas élficas, de anões e produtos exóticos.




Ruairi Roddy: Mercador bêbado. Ele se aproxima do grupo fazendo baderna:


“Você quer saber o que aconteceu com os Wittgenstein? Eu direi. Foram os Anões. Não. Não. Tudo o que estou dizendo é que eu estive lá cinco anos atrás, e eu vi esse carinha, e estava carregando uma pá. Entendeu? Pá. Anões. Escavação de túneis. O que estou dizendo - tudo o que estou dizendo - é que provavelmente eles cavaram um túnel grande demais. Grande demais, hein? Cavaram sobre o castelo e o castelo desabou. Entenderam? Acompanharam o raciocínio?”


O grupo ignora ele, ele sai de perto mas depois volta:


“O castelo, certo? Estava pensando sobre isso. E acho que sei o que ocorreu. Os bestiais. Não, preste atenção. Porque eu tô falando que você já ouviu falar sobre homens-feras, mas nunca sobre homens-peixes. Tudo o que estou dizendo faz sentido. Foram os homens peixes. Alguns até eram encontrados mortos boiando. Eles cavaram os bancos de areia. Então... Entenderam?”




Franz Bismarck: pequeno mercador. Ele vêm de Marienburg e se interessou nas notícias que o grupo trouxe do baixo baixo Reik. Marienburg, ele diz, está em ebulição, com facções de mercadores lutando entre si na moita. Tem chegado poucos novos produtos na cidade, pois os mercadores do rio sabem que não vão conseguir um preço justo. Ele pergunta que carga o grupo irá levar para Marienburg, mas, sem qualquer lógica, eles omitem a informação. Ele se afasta e então eles tentam novamente se aproximar após bater boca entre si. Eles dizem que tem uma carga para Marienburg para os Bluchers, e ele se mostra curioso: que ele havia perguntado a um funcionário dos bluchers nessa manhã se eles precisavam de algum transportador de carga para Marienburg, e eles disseram que não.
Nesse instante, o grupo percebe que algo está errado.






Há uma pessoa na mesa que está ali desde que o grupo entrou e até que o grupo saiu, mas ninguém se interessou em se aproximar dele.


A noite se passa normalmente, sem lutas, sem baderna da parte do grupo. Eles retornam às docas e vão durmir no barco.




CARREGAMENTO


A manhã seguinte começa muito cedo. O grupo é acordado por sons de pancadas do lado de fora da cabine. Estivadores começam a descarregar o barco, levando-a para dentro de um dos depósitos dos Bluchers. O grupo não consegue parar o trabalho. Os estivadores os ignoram. Grim Jaw tenta falar com voz macia, é ignorado. Então ele pega o machado, bate na porta danificando-a e grita, mandando pararem e querendo saber quem é o responsável. Um deles, assustado aponta para um grandalhão no cais. Seu nome é Klaus.


Klaus


Klaus é gigante. Ele é o maior personagem humano que o grupo já viu e parece ser um ogro (mas no grupo não se interessou em saber mais sobre ele). Ele fala calmamente:
o contrato que vocês assinaram com a família Blucher, diz que toda a carga e descarga deve ser feita por uma guilda de estivadores acreditada e registrada, e isso quer dizer: meus homens. Porque vocês não relaxam e desfrutem essa charmosa cidade o resto do dia? A carga deve terminar até a meia noite e o trabalho ficará mais fácil se vocês não estiverem aqui para atrapalhar.  Se algo acontecer com o barco de vocês, a família Blucher irá pagar os prejuízos.


Então, ele se lembra de algo, e coloca as mãos em sua jaqueta e tira um pedaço de pergaminho e entrega ao grupo. É um convite para um festa a noite, no condomínio de Mathias Blucher, em honra a seu primeiro aniversário de casamento com sua esposa Karoline. Traje elegante é exigido. Alguns decidem comprar roupas melhores na cidade. Ninguém lembra de comprar presente (GAFE terrível).
O grupo também parece não ter se interessado em saber mais sobre a festa. O grupo deixa os estivadores trabalharem e resolvem fazer compras durante o dia e terminar os procedimentos do funeral de Berthold. 
Berserk já tem roupas de boa qualidade, Johan encontra um alfaiate para comprar. Se lembra pelo menos de contratar os serviços de uma carruagem para levá-los até a festa ao invés de irem a pé com boas roupas. O restante irá como guarda-costas.
O grupo ainda gasta algum tempo indo na residência do Dr. Kugelschreiber, mas sem nenhuma novidade que acrescenta algo à nova trama.




NOITE ENCANTADA


O dia segue tranquilamente, o grupo explorou a cidade e perceberam que o assunto do momento é a queda do Castelo Wittgenstein. Berserk tenta espalhar um rumor de que foram os homens-toupeiras que causaram a queda do castelo (????). Mas não se interessam em saber nada sobre os Blucher ou a festa.


O convite é para as sete horas, e a etiqueta de Melk o lembra de não é polido chegar antes das 8. O condomínio dos Bluchers é uma grande mansão no exterior dos muros da cidade, ocupando alguns acres de terra. Os nomes são checados numa longa lista e então são conduzidos por um corredor decorado até a área de recepção. Os nomes são anunciados por um servo quando entram. Ainda chegaram poucas pessoas.
Às nove horas já chegam centenas de hóspedes no salão com pelo menos vinte servos com bandejas de comida e vinho transitando. Músicos tocam músicas de corte de uma galeria. Se o grupo se sentiu acuado pela diferença social no Pescoço de Cisne, aqui eles se sentem mendigos: essas não são pessoas que possuem barcos e armazéns, são pessoas que possuem essas pessoas.




O grupo não reconhece ninguém exceto Mathias Blucher, que está falando com alguém vestido com as roupas de prefeito. A belíssina jovem próxima a ele, é certamente sua esposa. Melk se lembra de que ela lembra o Conselheiro Oldenhaller, assasssinado há alguns meses atrás. Após alguns minutos Max aparece, os recepciona e tenta apresentá-los para algumas pessoas – começando por Jacques e Henry, dois Bretonianos produtores de papel; Roberto de Tilea, o renomado viajante mundial e comerciante; Dirk, um brilhante empresário de Carroburg; Miguel da Estalia, procurando por novos nichos de mercado – mas a conversação se encerra secamente quando rapidamente os convidados percebem que a única coisa que o grupo possui é um barco a velas desconhecido e não pertecem a nenhuma família famosa.
Após uma hora e meia de festa, Johan percebe alguém através do salão que parece estar tendo dificuldades em se socializar, como eles estão. Eles se aproxima e ele se apresenta como Rudolf Meier, um mercador de Nuln, que está viajando para Marienburg a procura de negócios. Sua própria firma, ele admite gritando, foi expulsa dos negócios mais cedo esse ano por primos da Senhora Blucher, e ele é ácido a esse respeito.


“Olhe para eles – Herr e Frau Blucher nessa feliz ocasião, como se o queijo bretoniano não pudesse derreter em suas mãos. Trapaceiros, ambos. Eu perdi meus meios de sustento por causa desse casamento: assim que os anéis foram colocados, o vinho barato bretoniano começou a correr para dentro de Nuln como se uma represa tivesse se rompido. Eu digo a vocês, os Bluchers e os Oldenhallers...”


Ele ainda diz:


“Karoline Oldenhaller, sim. Ela era uma Oldenhaller antes que cassase com um Blucher. Provavelmente foi o melhor negócio que os Bluchers já fizeram.”
“Seu irmão, Albrecht foi quem me expulsou dos negócios.” 


Rudofl não o vê há seis meses. Ele causa alguns problemas é gentilmente convidado a se retirar da festa. A festa continua até um pouco antes da meia noite, quando as carruagens são chamadas e as pessoas começam a partir. 


A carruagem levam o grupo até a borda do penhasco quando percebem uma luz forte vindo do rio. Alguma coisa está pegando fogo lá embaixo.




COMENTÁRIOS
A sessão não foi desastrosa mas também esteve longe de ser brilhante. O grupo pouco seguiu as instruções iniciais da campanha, fizeram quase nenhuma investigação, nenhuma invasão, nenhuma ousadia, usaram pouquíssimo as skills (O GM teve de fazer testes por conta própria para não parar a sessão). Tiveram chances de conseguir informações valiosas, por exemplo na festa, um lugar ideal para investigar a vida de Mathias em sua própria casa.
O grupo não aprendeu com a lição de Bogenhafen. Naquela saga, amarraram informação de tal forma que o jogo não saiu do lugar. Se não fosse a audácia do anão, jamais teriam contado para o conselheiro Magirius (um importante aliado) a trama toda da Ordus Septenarius e dos planos de Teugen. O grupo não discute as coisas. Alguém tenta fazer algo, alguém demonstra não concordar e a ação é interrompida sem qualquer discussão posterior.


Em um momento do jogo Johan não queria contratar os serviços dos Bluchers e o Grim Jaw interrompeu a representação para dizer que isso ia parar o jogo. Isso não faz o menor sentido. Situações são situações. O jogo é o jogo. Se houver uma situação em que o GM acha necessário, ele irá criar um meio para que vocês a sigam. O argumento de sair do personagem foi ruim. O correto seria, na pele do personagem, encontrar os argumentos para convencer o Johan de que o serviço dos Bluchers era necessário. E eram muitos: a carga não tinha procedência, ele pagou 10% a mais que o normal, não quis saber de onde veio a carga, o grupo precisava de dinheiro e Marienburg estava mais ou menos a caminho de Middenheim, lugar, que se o grupo não for, irá ter mais um assassinato nas mãos.


Parar o jogo pra discutir com o GM regras só atrapalha todo mundo, afinal, se o GM ficar com raiva, por ser humano, a raiva acaba sendo transferida para o jogo e permeará todos personagens, tornando a situação adversa para o grupo. Então, é melhor evitar criar discussão durante o jogo. Deixa pra depois da sessão.


Johan tocou num ponto verdadeiro. Até hoje, o grupo mostrou-se passivo diante da Mão Púrpura. Nunca direcionou um único esforço para descobrir algo sobre eles ou agir no ataque. Berserk (nas mãos do Boy) uma vez teve a chance mas perdeu. Grim Jaw, teve a chance e matou um membro com espancamento brutal. Desde então, o grupo tem só se ferrado diante da mão púrpura. Vou lembrá-los: ELES estão com Helena. Eles ameaçaram matar mais um se o dinheiro não for entregue daí a duas semanas. Não é hora de parar de levar e começar a atacar?


Pelo descrito acima, só posso dar 50 pts para cada um na sessão. Eu iria distribuir 150 pts, mas não houve nada de muito criativo e nem metade das informações possíveis foram coletadas.