Os anões viveram no Velho Mundo por muito tempo e sempre construíram seus lares no interior das montanhas, em largos túneis esculpidos em rocha sólida. Hoje, somente uma fração do antigo império dos anões permanece. Eles são poucos e sua riqueza foi muito reduzida, comparada com os tempos antigos. Ainda assim, eles continuam sendo um povo orgulhoso e desafiador, tão melancólicos quanto suas montanhas e tão duros quanto as rochas.
Anões são uma raça antiga e industriosa que teve seu auge no passado. Seu outrora grande império Karak Ankor repousa em ruínas e grande parte de suas fortalezas no interior das montanhas foram abandonadas ou conquistadas por Orcs e Goblins, que tem lutado contra os anões por séculos. Não é incomum escutar um orgulhoso anão relembrar de sua grande glória passada, observando amargamente que nada que os anões façam atualmente podem se comparar com a majestade do que já foram.
Como as montanhas de onde surgiram, os anões são muito fortes e resistentes. Pequenos, porém largos e roliços. Eles respeitam três coisas acima de tudo: idade, riqueza e honra.
Os anões são uma raça de seres brutos: cerca de um metro a um metro e vinte de músculos sólidos. Eles vestem roupas de couro pesado, cotas de malha e elmos ornamentados, e em seus cintos, pode-se se ver um martelo de guerra ou machados. Anões vivem muito, séculos, e sua idade pode ser facilmente reconhecida pelo tamanho e cor da barba (os mais velhos e sábios tem barbas muito longas e cor de prata. Tão longas que podem ser enroladas na cintura várias vezes e escondidas atrás de uma capa). Esse respeito pela idade atinge todos aspectos da cultura dos anões, inclusive nas armas. Assim, uma arma antiga é reforjada centenas de vezes sobre o mesmo aço com que foi criada milhares de anos atrás.
Acumular riquezas é outra paixão dos anões. Nenhum anão sente-se confortável a menos que tenha uma substancial pilha de tesouros que ele possa passar para seus descendentes. As posses de alguns anões Lordes são de imensas proporções. Rumores sobre tais tesouros levam muitos aventureiros e até mesmo hordas às antigas ruínas de fortalezas dos anões, onde hoje restam somente ossos. Por essa paixão pelo ouro, os anões valorizam muito a arte do ourives e armeiro. Todos anões são orgulhosos do que fazem, seja cavar um túnel ou lapidar uma jóia. Eles são especialistas em fazer coisas pequenas e complexas, por isso odeiam ver coisas brutas e mal feitas. Tudo que eles fazem é feito para durar para sempre (por isso as fortalezas antigas, mesmo desoladas, ainda permanecem em pé).
A última característica que um anões admira é a honra: eles sempre mantêm a palavra. Anões tem um senso de orgulho muito rígido e quando faz uma promessa, ele irá se lembrar dela pelo resto da vida. E isso inclui inclusive promessas feitas por antepassados, não importando há quanto tempo ela foi feita. Quebrar uma promessa é a pior desonra possível para um anão e ele será amargamente atormentado pela quebra, para sempre. Por outro lado, quebrar a palavra feita a um anão também irá criar uma rixa eterna e com toda a raça (!). Cada ato desonesto e desonroso feito contra um anão é mantido e registrado para a posteridade em um Livro de Rancores, um grande tomo cuidadosamente mantido por um rei anão e constantemente atualizado. O Dammaz Kron, o Grande Livro do Rancor, é mantido pelo Alto Rei na capital e contêm cada mínima injúria feita contra a raça anã. Quem estiver nas páginas desse livro, será inimigo da raça anã como um todo por toda a vida.
É exatamente por seu obstinado orgulho que eles se recusam a reconhecer que sua cultura está lentamente caminhando em direção ao fim. Apesar disso tudo, eles sabem que são um raça condenada. Isso dá a eles um olhar melancólico sobre o mundo e talvez explique sua grande vontade em afundar suas tristezas em taças e mais taças de bebida.
De fato, a única coisa que anões amam mais do que uma boa taça de bebida é o ouro. Um anão que encontre ouro no seu caminho é algo a se admirar. A lendária resistência e sagacidade da raça é levada a seu extremo quando aparece a eles uma boa oportunidade de adquirir ouro. Mineiradores e experts em ouros e metais, os anões são inigualáveis nessa arte. A habilidade artífice e engenharia dos anões são as mais valiosas em todo o mundo, respeitada até pelos elfos. Seu conhecimento e arte de forjar o metal são inigualáveis. Foram eles que descobriram a arte de forjar o Glomril, o Aço Absoluto, que é a mais dura liga do mundo, mais resistente que o Ithilmar, o aço criado pelos elfos.
Como seus reinos são construídos em montanhas, os maiores inimigos dos anões são e sempre serão os Goblins. Várias fortalezas anãs já caíram sob o ataque em massa dessa raça de pequenos mas numerosos inimigos.
Todos anões são guerreiros poderosos, com armas e armaduras muito bem feitas, e um regimento de anão é algo a se temer, pois lutam com tenacidade e vigor.
Os anões são também a raça mais inventiva e criativa do Velho Mundo. Eles foram os primeiros a dominar a arte da pólvora negra e aprender os segredos do vapor, permitindo a eles criar habilidades que ainda permanecem um mistério para outros povos do Velho Mundo. Sua criatividade se manifesta em muitas e variadas armas de guerra e equipamentos que mais parecem mágicos.
Os Anões raramente voltam atrás ou mudam de idéia, mas sempre honram suas promessas. Eles gastam palavras com trivialidades e seu jeito carrancudo os fazem ser pessoas de poucos amigos fora de suas cidades. No entanto, quando a amizade de um Anão for conquistada, ela é absoluta.
Os Anões honram o deus da forja, Grungni, o deus guerreiro Grimnir e Valaya, protetora do lar, e seus ritos religiosos envolvem abundantes degustações de cervejas muito fortes.
O destino dos anões e homens do Império estão interligados. Desde o dia que Sigmar uniu a tribo dos homens na defesa dos anões na Batalha em Black Fire Pass, os indomáveis guerreiros tem honrado essa dívida vindo na ajuda dos homens em tempos de necessidade.
História
Na aurora do tempo, os deuses ancestrais ensinaram os Anões a minerar, trabalhar o metal e a arte da guerra. Então, o Caos oprimiu o mundo. Foi durante essa antiga guerra que os Anões encontraram pela primeira vez com os Elfos. Juntos eles venceram as forças demôniacas e por vários milênios a paz reinou. Durante essa era de ouro, quando os homens ainda eram primitivos, os Anões fundaram suas maiores fortalezas. Cerca de quatro mil e quinhentos anos atrás, os traiçoeiros elfos negros invadiram e saquearam estabelecimentos dos Anões. O Alto-Rei Gotrek Rompedor-de-estrelas tentou pedir compensações, mas os elfos cortaram a barba de seu embaixador. Quatro séculos de conflito sangrento se seguiu, conhecida como a Guerra da Vingança, terminando somente quanto o Rei Gotrek matou o Rei Fênix de Ulthuan. Os elfos abandonram o Velho Mundo, com exceção daqueles que fugiram para as florestas. Os Anões não confiam nos elfos desde esses dias.
Mal a guerra tinha terminado quando terremotos e erupções vulcânicas assolaram as cidades sob as Montanhas do Fim do Mundo e legiões de Orcs e Goblins surgiram do leste. Ao longo dos próximos milênios, fortaleza após fortaleza caíram nas mãos dos Orcs, Goblins e coisa pior. Mas nem tudo estava perdido. Cerca de dois mil e quinhentos anos atrás, Sigmar salvou o Alto Rei Kurgan Barba-de-Ferro de um bando de Ocs. Eles então juntaram forças para aniquilar os pele-verdes na batalha em Black Fire Pass e Sigmar foi coroado imperador dos homens por essa vitória. Com o passar do tempo, o Império dos homens prosperou, enquanto o poder dos Anões continua a decair. Mas o laço de irmandade que uniu homens e anões ainda permanece forte - há somente dois séculos, o Alto Rei Alriksson marchou ao lado de Magnuns Piedoso para assegurar a vitória na Grande Guerra contra o Caos. Hoje, homens e anões continuam firmes em seus laços contra os incansáveis inimigos.
Karak Azgaraz e Reikland
Até pouco tempo, somente algumas comunidades de Anões viviam ainda nas Montanhas Cinzentas - há poucos filões de metal precioso para os atrair. Entretanto, um êxodo de jovens anões das montanhas do leste fundaram uma pequena fortaleza entre os picos ao sul de Reikland, próximo da cidade de Ubersreik. Eles a chamaram de Karak Azgaraz - a Fortaleza dos Machados Destemidos. Ela tem atraído ambiciosos barbas-curtas (referindo-se a anões jovens) que buscam fazer nome longe da sombra de seus anciões, que duramente reprovam aventuras.
Os anões extraem um pouco de prata dos magros filões sob a fortaleza, que eles usam para negociar em Reikland. A principal função de Karaz Azgaraz é servir como base de operações militares, de onde os anões planejam erradicar os pele-verdes que infestam as montanhas e assim vencê-los gloriosamente.
Os Anões não são raros no Império, especialmente nas grandes cidades. A habilidade artesanal dos anões é renomada e eles podem encontrar trabalho como armeiro, ferreiro e cervejeiro através de toda Reikland. Alguns anões de Karaz Azgaraz frequentemente visitam cidades e vilas através da Reikland, negociando seus trabalhos para reabastecer os armazéns de Karak, ao mesmo tempo que aprendem mais sobre a terra de seu novo lar. Em muitas cidades, anões e homens trabalham lado a lado, em comércio e produção, assim como na defesa da terra contra os inimigos.
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