segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sessão 28 - MORTE NO REIK - KEMPERBAD PARA UNTERBAUM

O grupo segue mais dois dias de viagem, sem qualquer evento adicional, e chega finalmente a Kempebard. O grupo deixa o navio no porto e pega o sistema de elevadores até a cidade em cima do penhasco, enquanto tentam pegar alguns rumores, mas sem sucesso.

 Mapa de Kemperbad

 Sistema de elevadores de Kempebard

A primeira coisa que decidem fazer é ir até a residência do Dr. Wolfgang Kugelschreiber para pegar as informações que ele foi pago para pesquisar. São atendidos por Gordito Narizcurto, o halfling assistente, que é enganado para servir um chá halfling para o grupo. O Dr. Kugelschreiber estava trabalhando numa espécie de ratoeira violenta, com sistema de martelo. Ele, perdido em suas divagações, custa a lembrar sobre que pesquisas o grupo havia pedido para ele, mas então se lembra, tira umas anotações de sua estante e então relata as descobertar, deixando claro que, par que as anotações astronômicas forem feitas, era necessário bons equipamentos de observação do espaço:

 Casa do Dr. Wolfgang KugelSchreiber, e seu assistente Halfling Gordito

O DIÁRIO DE ANOTAÇÕES ASTRONÔMICAS

-    O Diário de astronomia são tentativas de prever a órbita da lua Morrslieb e traçar os locais onde ela arremessa (ou, conforme está no diário, cospe e escarra suas infâmias) meteoritos.
-    O maior pedaço, que está marcado no mapa com um círculo, caiu na região hoje conhecida como Montes Mortos.
-    A região não tinha esse nome antes. Ela era conhecida como os Montes da Nascente, pois é o local onde nasce o Rio Stir. Era um planalto verde, cheio de vida e prosperidade. Porém, há muitos anos, um evento ocorreu (a queda desse pedaço da lua) e o lugar tornou-se insalubre para a vida. As vegetação rasteira morreu e as vegetações maiores tornaram-se deformadas, os animais fugiram dali, assim como as comunidades que existiam na região.
-    O local onde essa possível pedra caiu, formou uma cratera, que com o tempo se encheu de água, hoje é um lago que se chama Bacia do Demônio.


A PINTURA ENCONTRADA NO SUBSOLO DO MECANISMO DE SINALIZAÇÃO (ver seção 20)
-    A pintura provavelmente é de algum membro da família Wittgenstein.
-    A família Wittegenstein, dona do castelo e do condado de Wittgenstein, era uma família de nobres muito próspera e influente, mas parece que foi amaldiçoada e se retirou da vida pública. Dizem que seus descendentes desenvolvem deformidades.
-    Dagmar Wittegenstein, um patriarca da atual geração, realizou uma expedição para os Montes Mortos há 120 anos. Foram 10 pessoas, mas somente ele voltou. Segundo ele, todos morreram durante a viagem.
-    Foi a partir dessa data que a família Wittgenstein começou a gerar rumores sobre ser uma família amaldiçoada.

O Dr. Kugelschreiber recomenda que o grupo pesquise mais no templo de Verena, onde há a maior biblioteca da cidade. E recomenda que a noite, jantem na Taverna da Lady Gertrude, que comprou dele um processador de carne e está fazendo sucesso com um tipo novo de sanduíche a base de pão, bife processado, verduras e tiras de carne de porco.
O grupo vai até o templo de Verena e confirma várias das informações encontradas pelo Inventor. Além disso, a Sacerdotisa de Verena disse que é um local onde as coisas não morrem de verdade e os mortos tendem a não descansar. Após falar isso, o grupo tem arrepios de horror.

Berserk, atemorizado por estar sendo caçado pela Mão Púrpura, começa a desconfiar de todos que usam púrpura. Inclusive, aterrorizando um mendigo que catava lixo e usava um cachecol encardido rôxo. Eles ameaçam o pobre homem que sai apavorado e desesperado.
O grupo vai até a melhor hospedaria da cidade, a Torre de Kempebard, onde supõe que Etelka teria se hospedado. Chegam lá, Berserk bem vestido e Melk como seu guarda-costas e alugam um quarto para uma noite. Eles chegam para um funcionário do hotel e tentam suborná-lo para vender informações sobre um hóspede, o funcionário não entende muito bem no início, achando que Berserk queria favores sexuais e se insinua para ele, que tem de rechaçar com violência o indivíduo que fica coagido e resolve aceitar a gorda quantia de ouro paga pela informação. Ele disse que Etelka, “uma mulher muito bonita e com cheiro forte de perfume” se hospedeu com um rapaz franzino e ficou um dia a espera de uma encomenda de Bogenhafen. Era um caixote grande que precisou de dois homens para carregar. Quando Etelka partiu, havia duas pessoas com ela. O rapaz franzino de óculos e um homem alto, assustador, de manto cobrindo todo o corpo, com exceção das mãos, que parecia ser uma manopla de armadura preta...

O camareiro permite que o grupo entre no quarto de Etelka que ainda não havia sido arrumado e encontra nada, a não ser o caixote aberto e vazio, vindo de Bogenhafen, sob o remetente: Franz Steinhager. O grupo descobre também que Etelka havia contratado alguns homens para uma expedição em direção a cidade de Unterbaun.

O grupo vai até a Taverna da Lady Gertrude, e a encontra muito cheia, com boa música e fila para degustar seu sanduíche. O grupo procura um guia para levá-los até os Montes Mortos, mas todo mundo quando houve o nome do lugar, faz o sinal do martelo de Sigmar e se retira, dizendo para esquecerem isso e voltarem para onde vieram. O guia mais experiente da cidade se recusa com veemência a guiá-los (embora não tenham oferecido nenhuma boa quantia para ele) e explica que devem seguir no sentido contra o Rio, pelo Rio Stir, um trecho muito arriscado e lento, que levaria de 5 a 6 dias e poderia danificar o barco. Eles seguiriam e encontrariam as quedas gêmeas, um local onde o Rio Narn desagua sobre o Rio Stir. Ali eles encontrariam a vila de Unterbaun e pegariam mais informações sobre os Montes Mortos.

A serviçal da Taverna da Lady Gertrude se mostra muito gentil com o grupo, dando lanches extras e cerveja extra para o grupo. Entrando na madrugada, chegam três Thugs, carregando pedaços de pau e facas. Expulsam uma família da mesa e começam aterrorizando e humilhando as pessoas da taverna, inclusive batendo na Lady Gertrude e em Gisele. Johan saca suas armas, para o desespero dos três, e Grim Jaw tira o capuz e mostra seus machados. Os três ficam apavorados, Grim jaw esfrega a cara de um deles na mesa e os expulsa para fora da taverna.

Algum tempo depois a taverna é invadida por 24 homens armados com paus, facas e alguns com espadas curtas. O grupo fica em posição de combate e saca todas suas armas. Mesmo estando em larga maioria, o grupo de Thugs hesita, mas estava prestes a atacar quando chega um homem com sotaque Estaliano, voz rouca, e muito bem vestido, usando anéis de jóias e ouro. Ele procura saber porque seus homens saíram todos sem sua autorização e descobre que um deles estava usando a força do bando para rixas pessoais e cobranças indevidas de taxas de proteção. Ele manda colocar um pano na cabeça dele e todos os 24 dão uma paulada, destruindo a cabeça do indivíduo que é jogado no rio.

 Luigi Belladona, chefão da gangue dos Belladona

O homem, meio gordo, se apresenta como Luigi Belladona, líder da Gangue dos Belladonas. Ele os convida para seguirem até seu escritório na Taverna Gato e Violino, onde oferece para eles um serviço noturno. Seus homens já eram relativamente conhecidos pelas autoridades e ele precisava de um grupo bem armado e confiável para pegar uma mercadoria e trazê-la em segurança até seu escritório. Eles deveriam ir até o porto da cidade, encontrar um barco com um peixe com asas entalhado, e trocar uma caixa por uma chave.

O grupo tenta entrar no próprio navio, de madrugada, para esperar a chegada do barco com o peixe entalhado, mas são surpreendidos pelo vigia do barco que não sabe ler e recebe um Charm para acreditar, no entanto ele diz que vai reportar para as autoridades do porto.

O grupo não se dá conta disso e vai fazer a troca. Eles dão a chave, recebem a caixa. Mas o cara pergunta a senha. O grupo fica paralizado, mas então ele diz estar brincando. Quando estão saindo da troca, chega o vigia do barco e dois watchman (guardas). Eles querem saber o que o grupo pegou no barco. Berserk tenta engabelar os guardas, e quase põe tudo a perder (de novo), mas então resolvem subornar os guardas, com 10 GC (uma pequena fortuna) para cada um fazer vista grossa, pois eles perceberam que se tratava de algo valioso para o grupo demorar tanto a deixá-los ver.
Berserk pensa em abrir a caixa e colocar o grupo numa nova enrascada, mas conseguem persuadi-lo a simplesmente entregar a caixa. Konrad, que normalmente consegue conter as impulsividades de Berserk parece estar fora de si e não fala nada.

O grupo leva a caixa até Luigi Belladonna e recebem o pagamento pelo trabalho. Um saldo total de 30GC. Dividem entre si e vão dormir.

Passam o dia inteiro fazendo compras de armas, poções de cura e outros equipamentos. E na manhã seguinte, partem pelo Rio Stir, rumo às quedas gêmeas.

O trajeto é difícil e o grupo se cansa muito durante o dia. O barco sofre danos consideráveis, principamente na superestrutura e cabine, que acaba ficando com um rachado imenso. Konrad se machuca muito quando o barco quase vira e bate contra uma rocha.

 O trecho até o Rio Stir é perigoso e estreito

Após cinco dias de viagem árdua, cansativa, desgastante e cheias de prejuízos, o grupo avista uma construção diferente entre os penhascos. Dois monolitos imensos, cheio de inscrições um de cada lado do rio. 

 Antigos megálitos

Ao cruzar esse ponto, o grupo sente uma sensação de bem estar como não sentiam há muito tempo, em outros lugares do Império. Chegam então nas quedas gêmeas, duas imensas cataratas de 130 metros que desaguam as águas do Rio Narn sobre o Rio Stir.


 As quedas gêmeas

O grupo vê algo inusitado, a carcaça de um cavalo morto, boiando, aparentemente morto há pouco tempo. Ainda com toda sua carga na sela. O grupo iça o cavalo até perto do barco e retira a carga, encontrando além de comida estragada, uma bolsa de couro ensebado a prova d’água com um símbolo de uma coroa vermelha, igual do anel encontrado na casa de Etelka. Dentro dessa bolsa, havia um mapa da região de Reikland com dois pontos circulados:
-    O local onde estava o mecanismo de sinalização dos anões, onde no subterrâneo estavam o laboratório e livros de astronomia, com a seguinte descrição: OBSERVATÓRIO de DAGMAR
-    O local dos Montes Mortos onde está a Bacia do Demônio, com a seguinte observação: EXPEDIÇÃO DE DAGMAR.


 Mapa encontrada na bolsa com o símbolo da Coroa Vermelha

O grupo parece não entender muito bem, nem discute muito sobre o que encontraram e seguem em frente. Em um pequeno píer, encontram duas mulheres trabalhando numa canoa de couro, costurando a mesma. Elas são loiras, altas e muito fortes e simpáticas. Elas se apresentam como Brigit e Ingrid, do povo Baumenvolk, que habita a cidade de Unterbaun. Ela convida todos para irem até a vila conhecer o Elder, Voster. Quando o grupo cita os Montes Mortos, ela fazem um sinal de fé estranho e diz para voltarem. Também cita que há dois dias um outro grupo passou por ali em direção aos Montes. Elas recomendaram para deixarem o barco na Taverna Rugido das Quedas, no Rio Narn.

 Mapa da região do encontro entre o Rio Stir e Narn

Para chegar ao Rio Narn, o grupo precisa vencer 130 metros de altura de desnível do rio, para isso utilizam um sistema de 10 canais, levando cerca de 7 horas para sair do Stir e chegar até o Reik. O grupo chega na taverna e encontra mais Baumenvolk, todos altos e fortes, muito simpáticos. Quando citam os Montes Mortos, recebem um silêncio e um sinal de fé e o aviso para voltarem. Perguntando, o grupo descobre que em Unterbaun, o druida da cidade, Corrobreth, costumava ir até os Montes Mortos para colher ervas, ele é o único que se arriscava a isso.

O grupo acorda e segue pelo Rio Narn, tendo de atravessá-lo a pé em um trecho raso. Embora raso, a correnteza é forte e mortal, mas o grupo tem idéias interessantes e usam os cavalos para dar segurança ao grupo. Todos atravessam sem perigo, com exceção de Delita que quase perde o cavalo.

Chegando na entrada da trilha na floresta que leva para Unterbaun, o grupo encontra novamente as duas mulheres, numa carroça, que gentilmente aceita levar aqueles que estão a pé.

A vila de unterbaun é uma vila idílica e pequena, onde as pessoas vivem vidas simples cultivando suas lavouras e criando cabras. Um lugar diferente de tudo que os aventureiros já tenham vistos, aparentemente intocado pelo Chaos. A vila é construída ao redor de um imenso carvalho e todas as casas são construídas viradas para ele.

O Elder da cidade Voster recepciona os viajantes e os alerta para não seguirem em frente com a loucura de ir até os Montes Mortos. Ele diz que o grupo anterior não ouviu seus avisos, e havia um deles que se recusou a entrar na cidade, um homem muito estranho, alto e aparentemente usando uma armadura negra por debaixo do manto.

 Vila de Unterbaun, casa do Elder Voster

 Voster, o Elder da Vila, Woodsman

Na conversa havia um homem, vestindo roupas brancas e usando um cajado. Ele era o druida da cidade, Corrobreth, partidário da velha fé, mais antiga que Sigmar. Ele costuma ir até os Montes Mortos colher ervas, mas nunca foi muito além de um certo ponto. Ele disse que muitas gerações atrás, antes do Chaos se infiltrar na soecidade humana, a lua conspirou contra a terra, cuspindo seus pedaços sobre ela. Para proteger as pessoas, os druidas do pasado criaram construções monolíticas de proteção, onde o poder dessas pedras ficaria contido. No entanto, um pedaço muito grande caiu sobre os montes mortos, no local que hoje fica a Bacia do Demônio. E mesmo a construção circular dos druidas em torno desse local foi incapaz de anular as energias que a pedra projetava. Desde então, o local tornou-se amaldiçoado, incapaz de gerar vida benéfica e aquilo que morre lá, costuma retornar a vida... O grupo que veio antes dos aventureiros, (provavelmente o de Etelka) disse que iria em direção a Bacia do Demônio, mas não disse seus objetivos.
O grupo tenta convencer os aldeões de que eles são heróis e que estão indo para defender o mundo. OBVIAMENTE, os aldeões não acreditaram, já que no mundo de Warhammer, heróis não existem, somente em contos de fadas. Berserk, que era pra ser um dos que estariam mais amedrontados com a viagem, mostra-se o mais corajoso, criando um paradoxo em sua personalidade (em outras palavras, perdas de pontos de representação).
Corrobreth, o druida, aceita guiar o grupo até a entrada dos Montes Mortos. Konrad, usando sua visão de mago, consegue enxergar, no ombro de Corrobreth um espírito de um corvo, uma névoa negra em forma de ave, provavelmente um familiar druídico.

 Corrobreth, o Druida da Vila

A viagem até os Montes Mortos levará 4 dias e o grupo levou somente comida para 4 dias (só para a ida). O grupo se prepara, estando prestes a realizarem a viagem mais longa de suas vidas. A viagem rumo aos Montes Mortos.

Corrobreth, Druida seguidor da Velha Fé e seu corvo familiar

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