História do mundo - Parte 2: Filhos dos deuses

Inteligentes e articulados, os Dragões conviveram com os Antigos, aprendendo um pouco de seus conhecimentos da magia. Muitos de sua espécie evitavam os Antigos e se esconderam em lugares escuros do mundo sob o mar ou montanhas. O mundo, que sempre foi frio, agora era muito quente, forçando os dragões a dormirem por séculos.

Entre as muitas habilidades dos Antigos, estava a habilidade de modelar novas formas de vida, criando novos seres dos mais diversos e imperfeitos materiais. Foram os Antigos que trouxeram a vida, as raças que agora dominam o mundo.

A primeira dessas raças foram os Slanns, seres corpulentos que pareciam grandes sapos, que receberam energias direta dos Antigos e eram capazes de pulverizar montanhas, incendiar os céus ou alterar a própria realidade. Os primeiros Slanns eram meros servos dos Antigos, e mesmo assim eram mais avançados mentalmente que as raças que viriam para servi-los poderiam jamais sonhar. Abençoados com o dom da sabedoria, os primeiros Slann eram magos poderosos, capazes de aniquilar os monstros do mundo pré-histórico com o movimento do dedo médio ou um simples sussurro de uma palavra mágica. Foram eles que interpretaram a vontade dos Antigos e colocaram as instruções esculpidas em placas sagradas. Essas placas, materializadas de puro pensamento serviriam como a planta do mundo que estaria para vir. 

Os Slann, por sua vez, eram servidos pelos Lagartianos. Os primeiros entre os Lagartianos foram os Saurus, guerreiros reptilianos criados aos milhões em cápsulas de gestação sob os templos dos Slanns. Os Saurus eram fisicamente fortes, resistentes e ágeis; feras-guerreiras perfeitamente obedientes com destemida bravura e um entendimento natural da arte do combate.

Enquanto gigantescas construções, templos e pirâmides lagartianas eram feitas com a ajuda de bestas de carga saurianas, os Saurus traziam ordem ao mundo primitivo com clavas entalhadas e lâminas de marfim e jade. Visto do alto, das naves-estelares acima, o mundo lá embaixo parecia estar infestado com lentas e gigantescas serpentes, quando na verdade, eram colunas de combate dos Saurus, milhões e milhões de guerreiros com escamas azuis viajando pelo mundo para fazer cumprir a vontade dos Antigos. Esses répteis guerreiros vigiavam e marchavam sobre a terra, enquanto imensas feras ajudavam a carregar madeira da florestas e operários trabalhavam para erguer poderosas cidades-templos. Todos supervisionados por um exército de escribas, artesãos e outros funcionários Lagartianos.

Quando o trabalho dos Lagartianos estava prestes a ser concluído, o paraíso que os Antigos tinham planejado estava circulado com um teia geomântica de poder - uma rede reluzente de nós e tubulações que se expandiam por todo o planeta, permitindo que os Slann viajassem por elas ou modelassem elas a sua vontade. E eles as modelaram. Os deuses-criadores sorriram com o que seus súditos criaram, mas ainda não estavam satisfeitos.

O Venerável Lorde Kroak foi o primeiro dos Sacerdotes-Magos Slann criado no mundo. As escrituras dizem que Lorde Kroak e sua corte ensinaram aos ancestrais dos Elfos a magia que eles manipulam com maestria atualmente. Lorde Kroak, como a maioria dos primeiro Sacerdotes-Magos, foi embalsamado depois da morte de seu corpo para se tornar uma relíquia sagrada. Seu espírito é tão forte que poderia ainda estar preso aos seus restos mortais, e na teoria, ainda seria apto a lançar as mais mortais magias cinco milênios após sua morte.

As enormes cidades-templos dos Lagartianos foram construídas sobre nexos de energia mágica que, quando sintonizadas com a magia dos Antigos, se espalhava por todo o mundo em uma rede vibrante de força sobrenatural. Feiticeiros realmente poderosos como os Magos-sacerdotes Slann são ainda capazes de entrar na rede dessa força arcana que circula o mundo. Com essa poder, eles podem realizar os maiores rituais, mudar continentes e criar montanhas do chão.