A última porta é aberta. Ela dá para um corredor natural, com rochas tão negras quanto as rochas do sinalizador construído pelos anões. A escuridão é total. O grupo segue. Grim Jaw percebe uma leve vibração no solo e no teto, mas não consegue identificar.
A sensação de mal estar e calor aumenta bastante. Um mormaço desagradável penetra em todos os poros dos aventureiros. A espada Barrakhul começa a tremer. Konrad a tira e ela emite uma luz forte.
Eles chegam a uma porta de metal fechada, mas não trancada. O grupo entra.
Chegam a um salão escavado na rocha. No final do salão uma arca de metal em cima do que parece um altar. Em um dos cantos, uma mesa com equipamentos de moer pedra e uma boa quantidade de pó verde em cima dela. Uma névoa fosforecente verde toma conta da maior parte do aposento, parecendo vir da arca.
Grim Jaw entra na névoa, mas percebe um calor cortante e terrível penetrar em seu corpo e decide voltar. Konrad utiliza a Barrakhul e percebe que ela cria um círculo isento de névoa verde em torno dela, o que permite que o grupo se movimente pela sala enquanto a Barrakhul está sacada.
Após alguns instantes, Delita ouve passos pesados e de armadura caminhando na direção da porta. O grupo tenta barrar a porta usando a mesa, após jogar no chão todo o equipamento de moagem, mas quando estão prestes a fechar a porta, uma mão numa armadura negra segura.
Ulfhednar entra na sala, com o imenso Crakatz arrastando Margritte pelos cabelos, que se debate. Ulfhednar diz que o acordo está feito, os Wittgenstein estão totalmente derrotados. Ele oferece Margritte ao grupo, mas diz que antes ela tem de fazer um serviço para ele.
"Eu assumo o controle do castelo. Podem ir embora" - Diz Ulfhednar.
O grupo tenta enrolá-lo, dizendo que querem a riqueza da caixa. Ulfhednar diz que o que tem ali não é do interesse deles e não tem valor comercial. O grupo insiste, dizendo serem aventureiros e que tudo tem interesse para eles. A conversa começa a irritar Ulfhednar, que percebe que o grupo são mais do que simples aventureiros a procura de riquezas. O grupo pressiona e Ulfhednar diz que o Castelo será usada como centro de treinamento e posto avançado para uma sociedade secreta que o grupo desconhece. Mas agora, que foi forçado a falar parcialmente seus planos, ele decide acabar com o grupo.
"Crakatz, acabe com todos" - Ulfhednar diz enquanto pega Margritte e se dirige lentamente em direção à arca.
Uma luta tem início. O imenso Crakatz solta vapor pelas narinas e carrega um imenso machado muito bem feito. Konrad tenta roubar a mente de Crakatz, para evitar uma luta e guardar forças para enfrentar Ulfhednar. Uma excelente tática, mas que falhou, pois Crakatz resistiu ao poder do pergaminho. O grupo não tem outra saída senão lutar contra o Minotauro. Ele causa sérios danos em Grim Jaw e Melk Zedek, mas a presença da aberração Wittgenstein muda o destino da luta.
Enquanto lutam, Ulfhednar tenta obrigar Margritte a abrir a caixa. Ela resiste, dizendo que se abrir todos vão morrer pois "eles vão nos matar". Ulfhednar ignora os apelos dela e arrancha-lhe um braço, que cai como um graveto cortado por uma foice. Margritte começa a gritar, Ulfhednar a esbofeteia, ela recupera um pouco dos sentidos e tira uma chave debaixo do tapete no qual a arca se encontra e começa a abrir a caixa.
A aberração utiliza "boost" de warpstone nas veias para aumentar seu físico e se torna uma máquina brutal de destruição. Após uma luta duríssima, a aberração acaba com Crakatz que desengajar e corre na direção de Ulfhednar em busca de ajuda.
Ulfhednar larga Margritte e atravessa o peito de Crakatz com sua lâmina mortal. "Você não tem mais utilidade pra mim. Os fracos devem morrer". Ele ergue Crakatz no alto, como se fosse um bebê e o arremessa sem vida para trás.
Ele caminha na direção do grupo, que se reúne para uma luta mortal. Melk resolve contar tudo. Diz que foram eles que impediram o ritual em Bogenhafen quando ele era Teugen. E que eles mandaram Etelka conhecer Tzeentch mais cedo. E que eles o tem seguido desde os Montes Mortos.
A ficha cai para Ulfhednar que solta um grito de fúria e parte para o combate.
Um inimigo acima das capacidades do grupo. Eles seriam mortos em instantes, esmagados como moscas. Mas não foi isso que ocorreu...
Lutando com todas as forças e com grande tática, o grupo consegue dar uma grande trabalho para Ulfhednar. Ulfhednar concentra seus ataques na Aberração, conseguindo destrui-la em alguns instantes sem muitas dificuldades. Primeiro Konrad após algums tentativas consegue derrubar a arma do Cavaleiro Negro com sua magia. Melk desengaja para chutar a arma para longe e bloqueia ela do caminho. Ulfhednar começa a utilizar suas magias, mas Konrad novamente utiliza o encanto "Zona de Silêncio" que anula o som na área, fazendo com que Ulfhednar não consiga utilizar encantos que precisem de voz. Resta a ele somente usar seu escudo para bater, o que causa pouco dano no grupo que golpe atrás de golpe também conseguem ferir muito pouco o cavaleiro. Berserk e Johan servem de suporte, fornecendo poções de cura para os lutadores. Berserk então segue para arca e tenta abri-la. Ela é muito complexa e ele demora demais para conseguir entender a forma de abrir.
Delita começa a acertar as partes mais macias da armadura, penetrando nas juntas e conseguindo ferir um pouco mais o cavaleiro do Chaos. Após causarem sérios transtornos a Ulfhednar, ele consegue desfazer o silêncio movendo Konrad do lugar e volta a utilizar suas magias. Ele pega um machado que está no chão e a carnificina tem início. Grim Jaw é o primeiro a cair, atordoado e sem forças. Melk cai logo em seguida, desmaiado.
Konrad ajoelha no chão e começa a pedir perdão a Sigmar por ter falhado e pedindo ajuda ao deus da ordem, que parece não ouvi-lo. Delita tenta resistir, mas após um terrível golpe, cai ao chão sem forças, de joelhos. Johan guarda as armas e olha com arrogância para Ulfhednar, que lhe aplica um golpe tão horrível que parece arrancar a perna de Johan fora. Ele cai no chão gritando de dor, desesperado, mudando sua postura.
Ulfhednar parece cansado e diz: "Malditos, nunca fui tão humilhado em toda minha vida. Mas agora acabou." Ele caminha na direção de Berserk que acabara de abrir a caixa.
"Consegui" - Ele grita de alegria. E olha pro lado e vê Ulfhednar se erguendo acima dele. "Abri pra você!" E rasteja pro canto, rezando para Ranald, o deus dos vigaristas, para que o guerreiro não o ataque.
Ulfhednar abre a caixa. Os ventos da magia, que eram invisíveis, tornam-se visíveis e densos. Elas formam um redemoinho pela sala. A névoa verde fica densa e ocupa todo o aposento, saindo em lufadas pela passagem. A área de clareza proporcionada pela Barrakhul reduz, que precisa brilhar com mais força ainda para resistir a energias tão profanas. Uma tempestade de magia nasce, criando o início de um fulcro de energia, que ergue a caixa alguns centímetros do chão. O fulcro começa a ganhar força.
"Finalmente, a Coroa Vermelha terá o poder que jamais teve. Com esse castelo, construiremos um exército, criaremos um portal no coração do Império, capaz de trazer as hordas do Lorde Tzeentch." - Ulfhednar começa a rir.
Margritte, por um instante fica séria e diz: "Eles chegaram. Estamos todos mortos."
Grim Jaw havia percebido que durante a luta os tremores aumentaram, mas ficou tão envolvido pelo combate que não se deu conta de que a parede dos fundos começava lentamente a ceder. Finalmente, ela cede, mostrando uma máquina nunca antes vista pelo grupo. Uma tecnologia atroz e mórbida. Olhos vermelhos aparecem nas trevas atrás da máquina, dando lugar a uma dúzia de homens ratos, pequenos, armados com espadas e escudos.
"Do que se trata isso Margritte" - Ulfhednar grita.
"De onde acha que tirei a tecnologia para criar meu morto vivo perfeito? De onde acha que Dagmar, meu tataravô conseguiu a fórmula e os conhecimentos da necromancia? Eles tem seguido a pedra há anos e finalmente chegaram aqui. Quem os trouxe? Quem eles devem ter seguido? Nunca saberemos."
"Não serão pequenos ratos que irão interromper meus planos" - Ulfhednar caminha na direçãod os Skaven e é envolto pelas trevas. Mas repentinamente, olhos vermelhos maiores o cercam. Quatro ratos ogros armados estão em torno do cavaleiro, que pela primeira vez, se vê em grande risco e parece tentar recuar.
Em vão. A luta tem início. Quatro Ratos Ogros e uma máquina de guerra é muito para um cavaleiro ferido, mesmo que seja um cavaleiro do Chaos.
Konrad se dirige para a caixa, que agora está desprotegida. Tenta erguer Barrakhul no alto, mas não consegue. A mão de Melk o ajuda e juntos enterram a espada na pedra, Konrad gritando o nome de Sigmar. A Espada começa a absorver a energia verde e todos os ventos de magia ao redor. A sala começa a tremer ainda mais com tanta energia.
O grupo resolve fugir, pegando os feridos e margritte, deixando o resto para trás.
A última coisa que ouvem é o grito de Ulfhednar "Slaanesh Amak la"
O inteiro átrio interno treme. A coisa do poço parece ter crescido e começa a ocupar todo o átrio interno, lançando braços, pernas e cabeças, numa massa borbulhante que não para de ocupar espaços. O grupo corre para a mansão para pegar a passagem para o porto. Ao abrir a porta principal, Slurd o mordomo diz para Margritte que "o almoço está servido, seus familiares estão todos aqui".
Na mesa principal, todos os Wittgenstein já vistos em quadro jantam. Inclusive Dagmar. Com olhos vermelhos e dentes pontiagudos, com uma imensa língua que parece a cauda de um rato. A cena é aterrorizante, marcando alguns dos aventureiros para sempre.
Eles fogem pelos calabouços, enganando Slagdarg novamente. Descem correndo pelas escadas escorregadias, mas somente Delita cai, ralando e machucando bastante até o fim da espiral.
No barco, estão a espera Berthold, Renate e os prisioneiros. Juntos eles abriram a comporta e aguardavam o grupo para fugir. O topo do penhasco começa a desabar, lançando imensas pedras em direção aleatória. Berthold começa a orar por Sigmar, sua fé não é abalada mesmo quando uma grande pedra faz um buraco na proa do barco. De fato, mais nenhuma rocha cai sobre o barco. Se foi ajuda de Sigmar ou não, não é possível dizer.
O barco entra no Rio Reik enquanto observa o inteiro átrio interno implodir sobre si mesmo. É o fim do castelo Wittgenstein.
A FESTA
É noite e todos os outlaws se reúnem para comemorar o fim da tirania Wittgenstein. Há dança, música e muita bebida tirada do Átrio externo do castelo, que ficou quase intacto. Os aldeões também participam da comemoração. Os mendigos mutantes comem, ainda não entendendo bem o que acontecera. Jean Rousseaux é preso, junto com Margritte (que está sendo humilhada e violentada por guardas, coisa que o grupo não gostou mas também não fez nada a respeito).
Sigrid diz que os aventureiros tem amigos de gratidão para sempre. Ela separou uma parte do espólio do castelo para eles, em pagamento pela ajuda. Disse que a reconstrução será difícil e demorada, e que o fato do castelo ter desabado, será a garantia de que não serão acusados de se revoltarem contra nobres. Disse que Margritte será julgada e queimada viva no dia seguinte por seus crimes.
As pessoas continuam sem acreditar nos Skaven e não se cansam de ouvir as histórias de como o grupo derrotou os Wittgenstein.
Hilda e Daniel jogam uma indireta para o grupo assassinar Gothard, o último Wittgenstein vivo, pois ele podia reclamar a região e tudo voltar a ser como era antes.
Berthold e Renate falam para o grupo descansar e se divertir, cuidar das feridas, que eles irão preparar o barco para a viagem da madrugada seguinte.
EPÍLOGO
A madrugada chega. A festa acabara. A maioria havia se retirado para seus lares, enquanto vários bêbados dormiam pelas ruas da vila. Um fina névoa cobre toda a vila.
O grupo acorda, junta seus pertences, despedem de quem podem se despedir e vão para o barco.
Ao chegarem lá, algo está estranho. Parece que alguém tentou revirá-lo. Há sangue em alguns pontos. O grupo desce para o compartimento de carga. Lá, eles são chocados com uma terrível visão.
Berthold jazia morto e ensanguentado, pendurado como um porco em uma das paredes. Ele tentara escrever com o próprio sangue alguma coisa. A letra "R". O símbolo de uma mão coberta de sangue cobria seu rosto.
Atrás dele, uma faca continha um bilhete. O bilhete, assinado pela mão púrpura, dizia que como eles não levaram o dinheiro até Middenheim, cumpriam a promessa e mandavam um deles para o inferno. Dizia também que levaram helena e que esperam pelas 20 mil coroas em Middenheim, caso contrário, a menina muda seria vendida como prostitura para um mercador de escravos da distante Araby.
Uma fúria toma conta de todos. Principalmente de Grim Jaw. A palavra vingança se estampava nos olhos de todos.
O caso da mão púrpura já não é mais um transtorno ocasional, se tornou um assunto pessoal.
FIM DE "A MORTE NO REIK"
Obrigado a todos que jogaram todas as sessões e tiveram paciência com todos os altos e baixos da saga. A última sessão valeu por tudo. Jogaram muito bem.
Na contabilidade final, perderam alguns itens. Vou somente citar para vocês lembrarem nas sessões futuras de revistarem as coisas melhor e tentarem mais possibilidades:
- A Barrakhul PODERIA ser retirada no último instante (A voz disse para o Konrad "Quando a hora chegar, dê ao herói o que pertence ao herói". Ela com certeza fará falta no futuro). A warpstone não teria sido totalmente consumida (talvez ainda afetando a região e atraindo Skavens), mas o desabamento a lacraria para "sempre". Como deixaram ela lá, provavelmente a warpstone foi totalmente consumida e a espada ficou lacrada para "sempre" (E se o "herói" um dia precisar dela?). Era questão de escolha, cada uma com suas consequências futuras.
- Um dos quadros, de Gothard, que usava um colar. Era só colocar algum objeto qualquer de valor, e ele trocaria de lugar com o colar. O colar era mágico. Magia do Chaos obviamente.
- O Machado de Crakatz. Excelente machado.
- A máscara de Hegel eu tive de falar que ela era um item para vocês sacarem. Quase que ficou "perdida".
jogamos bem...e isso aeeeeeee..
ResponderExcluiresquece que o Dellita poupou o cavalo do sofrimento nao heim...e o remedio de warphstone foi td queimado...valeu moçada ate a próxima